quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

GOVERNO ANUNCIA PRORROGAÇÃO DE FINANCIAMENTOS NOS ESTADOS DO SUL

Os agricultores familiares que vivem em municípios atingidos pela estiagem na Região Sul terão o vencimento de parcelas do financiamento agrícola prorrogado até 31 de julho. A medida vale para os produtores que não contrataram o crédito rural com seguro.

A prorrogação foi anunciada hoje (12) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, durante anúncio de medidas para estados atingidos pela seca. “Os contratos, tanto os de custeio, já renegociados anteriormente, como os de custeio e investimento da safra 2011/2012 terão seus prazos de pagamento prorrogados ate 31 de julho. Para isso, os produtores terão que se dirigir ao agente financeiro”, explicou o ministro. Segundo Florence, cerca de 15% dos contratos da agricultura familiar não estão segurados.

Conforme o tamanho da perda, as dívidas dos produtores não segurados poderão ser reescalonadas por um prazo máximo de cinco anos. Outra medida para atenuar as perdas dos agricultores familiares atingidos pela estiagem no Sul, é a oferta de subsídio para compra de milho e trigo para garantir suprimento nutricional do gado leiteiro. “Vamos comprar grãos e revender a preços subsidiados, garantindo a nutrição e a continuidade da produção leiteira”, disse o ministro. ABr

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

AGRICULTORES DO SUL PODEM RECEBER AJUDA POR CAUSA DA SECA

Reprodução do Correio do Povo
O governo federal deve anunciar, na sexta-feira (13), medidas emergenciais para os produtores rurais da Região Sul afetados pelo longo período de seca que provoca perda de safra. O Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os estados mais afetados, além de alguns municípios do Paraná.

A prorrogação das dívidas dos agricultores está entre as medidas em discussão, segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. “Claro que deve ter anúncio para prorrogação dessas dívidas, contratação de custeios, que são instrumentos utilizados quando ocorre uma frustração de safra. Estamos estudando os pleitos do Rio Grande do Sul na transferência de recursos para construção de cisternas e reforço na oferta de recursos hídricos”, disse em entrevista coletiva, após reunião na Casa Civil.

O ministro Fernando Bezerra disse que cerca de R$ 3 bilhões foram financiados pelos produtores dos estados do Sul atingidos, contudo, boa parte desses recursos está protegida pelo seguro rural. De acordo com o ministro, a principal preocupação é com os pequenos agricultores que não têm o seguro e com as cooperativas que financiam esses agricultores.

“A preocupação do governo é mais com aqueles que não têm o seguro rural e, portanto, estão vivendo uma dificuldade grande de concluir a safra frustada, manter a atividade de sua propriedade e contratar um novo custeio”, destacou o ministro.

Ontem (10), ocorreu uma reunião sob coordenação da Casa Civil para a elaboração das medidas e, amanhã (12), as ações devem estar finalizadas, segundo o ministro da Integração Nacional. Na sexta-feira (13), ele e o ministro da Agricultora, Mendes Ribeiro, devem se reunir com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, quando as medidas podem ser anunciadas. ABr

MISSÃO BRASILEIRA VAI FISCALIZAR FRIGORÍCOS PARAGUAIOS

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) enviou hoje (11) dois fiscais federais agropecuários ao Paraguai para inspecionar os frigoríficos habilitados a exportar carne para o Brasil. A ação faz parte do conjunto de medidas tomadas pelo governo brasileiro para impedir que o novo foco de febre aftosa detectado no país vizinho no início do mês entre no território nacional.

A missão com os dois profissionais do Departamento de Saúde Animal (DSA) e do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) inicia os trabalhos amanhã (12) e permanecerá no Paraguai por oito dias. Eles verificarão se estão sendo cumpridos todos os requisitos para exportação de carne maturada e desossada para o mercado brasileiro em cinco plantas dos departamentos de Assunção e Concepción.

Esse tipo de carne é o único que está com a exportação permitida para o Brasil desde setembro, quando outro foco de aftosa foi confirmado no departamento de San Pedro. A região é a mesma onde foi detectado o novo foco e, desde o ano passado, está com as exportações suspensas para o Brasil. Atualmente, a carne paraguaia só pode entrar no país pela cidade fronteiriça de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, onde os caminhões são desinfetados.

Além da missão enviada hoje, uma outra, do Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP), presidido atualmente pelo Brasil, deve estar no Paraguai entre os dias 15 e 21 de janeiro. O grupo tentar encontrar soluções e ajudar o governo paraguaio a identificar e implementar estratégias para erradicar a febre aftosa em seu território. ABr