quarta-feira, 19 de outubro de 2011

JUSTIÇA SUSPENDE USO DE CÃES EM EXPERIÊNCIAS NA UEM

Está suspensa pela Justiça a utilização de cães ou qualquer outro animal para experimentos e outros procedimentos clínicos pelo curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. A decisão, liminar, atende ação civil pública apresentada pela Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente, Fundações e Terceiro Setor de Maringá. O Ministério Público do Paraná sustenta que os animais, cães da raça beagle, são mantidos em condições precárias de higiene no Biotério Central da UEM e utilizados em experimentos odontológicos dolorosos, sem anestesia adequada. As irregularidades foram confirmadas por laudo do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PR). O juiz Siladelfo Rodrigues da Silva, da 5ª Vara Cível de Maringá, determinou ainda multa diáris de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

Foi decidido que os animais sejam mantidos, por ora, sob os cuidados da UEM, mas que seja devidamente tratados por veterinários. O caso chegou ao MP-PR através de abaixo-assinado com cerca de 6 mil assinaturas. O responsável pela ação é o promotor de Justiça José Lafaieti Barbosa Tourinho. Os cães são sacrificados com overdose de anestésico, (as carcaças são incineradas).

Dor - Como resume a Promotoria na ação, “a situação de maus-tratos aos animais é evidente, eis que o biotério não apresenta condições satisfatórias de higienização, os cães estão vulneráveis a condições climáticas (frio) e submetidos a uma superfície imprópria (dura e áspera); há medicamentos vencidos (alguns há quase 10 anos), reutilização de agulhas e seringas contaminadas, potencialmente causadoras de abscessos e dor; sofrem intenso estresse, com alterações comportamentais e físicas; o protocolo de eutanásia em ao menos um dos procedimentos se mostrou absolutamente inadequado, além de a anestesia geral ser realizada por leigo, em afronta ao artigo 47 da Lei de Contravenções Penais (Dec.-Lei 3688/41), podendo os animais sentir dor”.

De acordo com declarações da responsável pelo Departamento de Odontologia da UEM e incluídas na ação, os cães beagle estão sendo utilizados “porque é uma raça cujos tecidos e respostas teciduais são amplamente conhecidos pelos pesquisadores e semelhantes aos dos seres humanos”. No entanto, o Ministério Público argumenta que há métodos alternativos à experimentação animal, podendo-se citar os dados epidemiológicos e os testes em voluntários, com resultados mais eficazes do que os experimentos feitos em animais não humanos e que não causam o sofrimento e a morte.

No mérito do processo, o MP-PR pretende que o Departamento de Odontologia da universidade não utilize mais animais em procedimentos que causem “lesões físicas, dor, sofrimento ou morte, ainda que anestesiados, seja em 2011 ou nos anos vindouros” e que a UEM se abstenha de “criar cães de qualquer raça ou sem raça identificada ou de apanhá-los e mantê-los com a sua liberdade cerceada em seu Biotério Central, que se apresentou absolutamente inadequado para o bem-estar animal.”

* Clique aqui para ler a decisão.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

PARANÁ GANHA UNIDADE DA CATERPILLAR E MIL NOVOS EMPREGOS

Imagem Ricardo Almeida / AENotícias
O governador Beto Richa participou nesta terça-feira (18) da inauguração da nova fábrica da Caterpillar Brasil no município de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. A unidade está enquadrada no programa Paraná Competitivo e, com um investimento de cerca de R$ 170 milhões, vai criar mil postos de trabalho até 2013, quando a fábrica estiver operando com plena capacidade.

Fabricante mundial de máquinas para construção e mineração, a Caterpillar começa a operação na nova unidade paranaense com as linhas de produção de retroescavadeira e carregadeira. “Essa nova indústria representa o momento de desenvolvimento econômico que vive o Paraná. Temos um governo parceiro do setor produtivo, para a geração de riquezas e empregos”, disse o governador.

Richa afirmou que o programa de incentivos do governo do Estado já atraiu cerca de R$ 8 bilhões em novos investimentos para o Paraná e tem outros R$ 15 bilhões em negociação. “Queremos que o Paraná seja um estado promissor. Temos um programa inovador que irá atrair cada vez mais empresas para nosso Estado”, disse Richa, destacando o investimento de R$ 1,5 bilhão da Renault no Paraná.

A unidade de Campo Largo terá 50 mil metros quadrados de área construída e foco no mercado nacional e da América Latina. A Caterpillar fará investimentos na preservação ambiental e na formação e qualificação dos trabalhadores, por meio de parceria com escolas profissionalizantes e institutos de pesquisa. Como parte da contrapartida social, a empresa também instalará uma biblioteca pública no município.

O presidente da multinacional americana, Luiz Carlos Calil, explica que a Caterpillar é, atualmente, líder no mercado interno e a 20ª maior exportadora brasileira. “Aproveitamos o bom momento econômico do Brasil para investir em mais uma unidade. Com o início de entendimento com o governo estadual decidimos que o melhor lugar seria o Paraná, pela infraestrutura e condições ofertadas para governo”, destacou Calil. Ele informou ainda que 90% dos empregos criados serão destinados a trabalhadores de Campo Largo e região.

A unidade fica na área que foi ocupada pela montadora Chrysler, desativada em 2001, e adquirida pela Caterpillar em 2010. O prefeito de Campo Largo, Edson Basso, comemorou o empreendimento. “A cidade tem boa infraestrutura e a Caterpillar tem um grande plano de investimento social, ambiental e cultural. O município de Campo Largo está feliz”, disse

MP FAZ RECOMENDAÇÕES À PREFEITURA DE LONDRINA


A Promotoria de Proteção do Meio Ambiente de Londrina e o Instituto Ambiental do Paraná expediram na última semana recomendação conjunta para regularizar a gestão de resíduos sólidos no Município. O MP-PR e o IAP cobram a adoção de várias medidas para que a coleta do lixo na cidade seja adequada à legislação vigente, bem como sustentam que a vida útil da célula provisória implantada na Central de Tratamento de Resíduos de Londrina (CTR) está comprometida caso o sistema não seja regularizado.

A recomendação determina a gestão do material orgânico, reciclável, resíduos da logística reversa (garrafas pet, embalagens de remédios, etc) e resíduos tóxicos (com ênfase para pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, móveis, têxteis, medicamentos em desuso, etc). Também proíbe expressamente o transporte de alguns desses materiais pelos caminhões de coleta e o envio de determinados tipos de resíduo para a CTR. Também veta o descarte de alguns produtos na vala emergencial. O não cumprimento da Recomendação Administrativa pode levar à adoção de medidas legais, com imposição de multa, e até a interdição da célula provisória. 

O documento foi encaminhado à prefeitura, na pessoa do prefeito Homero Barbosa Neto; à Companhia Municipal de Transito e Urbanização de Londrina (C.M.T.U.), representada pelo seu presidente, André Nadai; à empresa Revita Engenharia S/A, administradora da célula emergencial da Central de Tratamento de Resíduos de Londrina; e à empresa MM. Consultoria e Construções LTDA., contratada pelo Poder Público para coleta e transporte dos resíduos domiciliares de Londrina.

A responsável pelo caso no Ministério Público é a promotora de Justiça Solange Novaes da Silva Vicentin. Pelo IAP, o chefe regional do instituto, Andrew Pinheiro, e o fiscal Eliton Bembem. Clique aqui para ver a íntegra da recomendação.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

APÓS A TEMPESTADE... O PÔR DO SOL

Londrina ainda trabalha para recuperar-se dos estragos dos quatro temporais de sábado. O prefeito decretou estado de emergência e as famílias prejudicadas realizam limpeza em suas casas que foram invadidas pela enxurrada. A Prefeitura ainda não sabe quanto vai custar a longa lista de tarefas. A primeira segunda-feira após a tempestade e o início do Horário de Verão foi com muito Sol e sem chuva. Até o pôr do Sol ajudou, com as belas imagens projetadas no horizonte Oeste.


HORÁRIO DE VERÃO

O IBGE produziu este mapa do Brasil com fusos e o Horário de Verão do Observatório Nacional.
O Horário de Verão brasileiro surgiu, pela primeira vez, em 1931. Depois, a iniciativa foi esquecida por vários períodos - 1933-1949, 1953-1963 e 1968-1985. Entre 1985 e 2008, o Horário de Verão foi aplicado anualmente através de decretos do Presidente da República. Em 2008, o Governo fixou um procedimento geral para os demais anos, que vem sendo obedecido pelos Estados escolhidos. "Fica instituída a hora de verão, a partir de zero hora do terceiro domingo do mês de outubro de cada ano, até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano subseqüente, em parte do território nacional, adiantada em sessenta minutos em relação à hora legal. No ano em que houver coincidência entre o domingo previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval,o encerramento da hora de verão dar-se-á no domingo seguinte. A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal" (marcados em amarelo, no mapa).

domingo, 16 de outubro de 2011

CHUVA EM LONDRINA. SIMEPAR, 95mm - INMET, 50,8mm. QUEM ESTÁ CERTO?

Qual foi o índice de chuva, ontem, em Londrina? O londrinense sabe que a cidade recebeu quatro ondas de chuva forte durante o sábado - duas pela manhã e duas no período da tarde - provocando alagamentos e transbordamento do Lago Igapó. Mas a população não conhece, com exatidão, a quantidade de chuva. Primeiro, porque o fornecimento de dados pelos Institutos da área é demorado, e, segundo, pelas diferenças dos índices pluviométricos.

O Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, o mais antigo e experiente, colocou no seu sítio um índice de 50,8mm. Já o SIMEPAR, aqui do Paraná, mostrou no twitter que Londrina acumulou no sábado 95mm de chuva. Com esses números dá para mostrar que a diferença entre um e outro é muito grande, mesmo sabendo que as duas estações de coleta estejam em bairros diferentes.

O total de chuva de 1 a 15 de outubro, em Londrina, alcançou 203,2mm, segundo o SIMEPAR e 146,1mm na estação do INMET.